Detentos participam de mutirão de limpeza em escola de Curitiba

O Colégio Estadual Guido Straub, no bairro Mercês, em Curitiba, abriu as portas no sábado (25) para receber o primeiro mutirão de limpeza realizado por presos da Colônia Penal de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Para o trabalho de capina, roçada e conservação da escola foram chamados 18 detentos do regime semiaberto.

O projeto ‘Trabalho – o caminho que liberta – escola cidadã’, da Secretaria de Estado da Educação em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadenia e Direitos Humanos deve passar por outras nove escolas de capital nos próximos sábados e assim, dar a oportunidade do preso ser reinserido na sociedade através da atividade.

“Esse projeto não prevê só a melhoria do local de estudo, ele prevê também a questão do trabalho do apenado. Porque a gente entende que só através do trabalho e da educação ele consegue ter uma reinserção perfeita na sociedade”, comentou o Coordenador do Programa de Desenvolvimento Integrado de Cidadania, da Secretaria de Estado e Justiça, Ilton Ferreira Mendes Junior.





Um dos presos que participa do mutirão contou ao G1 quando soube da oportunidade de trabalho, nem sabia do que se tratava e logo aceitou o convite. “Já ganha uma remissão na pena, mas o importante é sair do ambiente que a gente estava e estar ajudando. (…) A gente tem que trabalhar até provar pra sociedade que nem todo mundo continua do mesmo jeito”, contou o rapaz de 30 anos que cumpre pena de seis anos por assalto.

Cada três dias de trabalho nos mutirões das escolas valem um a menos na pena dos presos. O projeto também se estende a detentos que estão em regime fechado na Penitenciária Central do Estado (PCE), também em Piraquara. Estes vão reformar as carteiras escolares.

Para a diretora do Colégio Guido Straub, Rosália de Mello, receber os detentos para o primeiro mutirão foi uma ajuda e tanto. A escola conta com apenas um funcionário para a manutenção e não consegue lidar com a demanda de limpeza do gramado, e de todo espaço. “Fico ainda mais feliz porque sempre acreditei como educadora na reeducação. Deixar o preso atrás das grades é ruim, pois ficam aprendendo coisas piores. E aqui estamos reeducando eles. Não é só benefício para o colégio, mas também dá a oportunidade de ressocializar o preso”.

Fonte: G1





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