Cabeleireiros realizam passeata para protestar contra ação do MPT em Curitiba

Cabeleireiros, manicures, maquiadores e outros profissionais da área da beleza pararam várias ruas do Centro de Curitiba, na tarde de quarta-feira (12). Após se reunirem na Praça Carlos Gomes, eles saíram em passeata, em direção ao Ministério Público do Trabalho e à Delegacia Regional do Trabalho. Eles protestam contra uma ação do MPT, que obriga os salões a assinar a Carteira de Trabalho dos profissionais da categoria.

Para eles, a medida geraria redução dos ganhos dos trabalhadores e desemprego. Eles alegam que trabalhar como autônomos garante rendimentos maiores. Cabeleireira há 30 anos, Maria do Rocio conta que sempre trabalhou dessa forma e acha uma barbaridade a ação do MPT. Segundo ela, caso a medida seja imposta aos salões, os bons profissionais vão deixar de atuar no estado.

Maria afirma que, mesmo sem a carteira assinada, os profissionais não perdem os direitos trabalhistas a que têm direito. “A maioria paga o INSS”, afirma. A mesma opinião é compartilhada por Carolina Proença. “São todos maiores de idade e vacinados, quem não paga sabe o que pode acontecer”, diz.

A “Marcha da Beleza”, como entoavam os participantes, foi acompanhada de perto por agentes da Secretaria de Trânsito (Setran), que bloquearam as ruas para a passagem dos manifestantes. Conforme os agentes da Setran, cerca de 700 pessoas participaram do protesto.





Portas fechadas

Durante a passeata, a maior parte dos salões de beleza que continuava funcionando fecharam as portas, em sinal de apoio aos manifestantes. No Salão Vitória, na Travessa da Lapa, Cleusa Maria Almeida diz que concorda com a opinião das colegas que estavam na rua protestando. Ela e as colegas contam que não participaram do protesto porque não ficaram sabendo. “Estamos aqui, escondidas, ninguém nos avisou”, revela.

Na chegada à Delegacia do Trabalho, os manifestantes foram recebidos por representantes do Ministério do Trabalho, que declararam apoio ao movimento.

De acordo com o sindicato, não há previsão para novos protestos da categoria. No dia 22 de outubro, o MPT vai realizar uma audiência pública para debater o assunto com os profissionais e a sociedade.

Fonte: G1





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