Mãe do mendigo gato de Curitiba diz que quer tirar o rapaz das ruas

A mãe do morador de rua que ficou famoso nas redes sociais após pedir para ser fotografado em frente à Catedral de Curitiba, Edith Claurence Silva, disse em entrevista ao G1 que o filho já foi modelo, mas abandonou a carreira e passou a ser usuário de crack.

Ela afirmou que não vê o filho há 30 dias e que quando aparece é para pedir comida e voltar para a rua. “Ele não precisa disso, tem família em casa. Mas desde que entrou no mundo das drogas é assim (…), não aparece mais e vive em qualquer lugar. Essa é a vida que ele escolheu. É muito triste, em alguns casos, tem algumas crises e fica violento. Mas eu quero tirar ele da rua, só que não posso pagar uma clínica. Já tentamos internar, mas ele não parou”.

Edith ainda disse que tem bastante esperança de que o rapaz volte a ter uma vida longe das ruas. “Quero salvar ele disso, sei que tem clínicas boas que podem fazer isso”.

A foto em que o rapaz aparece enrolado em um cobertor teve repercussão após ter sido postada por uma garota no Facebook. Ela contou no comentário da rede social que o jovem a abordou no local e pediu para ser fotografado. Ele queria ficar famoso “na rádio”.

A moça afirmou que “na rádio” não poderia colocar, mas que no Facebook ele poderia ficar famoso, pelo menos entre os amigos dela. Até a manhã desta quinta-feira (18), a imagem tinha mais de 41 mil compartilhamentos e ganhou repercussão como “mendigo gato de Curitiba”.





Carreira de modelo

Segundo a empresária Irene Valenga, o rapaz fez um contrato com a agência de modelos dela em 2002. “Eu sou olheira da agência. Sempre estou de olho se vejo uma pessoa que tenha um rosto interessante e que tenha uma altura padrão. E um belo dia eu encontrei ele na rua e entreguei o cartão. Ele tinha acabado de voltar de Mato Grosso, onde morava com a família. No outro dia ele procurou a agência”.

Segundo Irene, o rapaz sempre levou “jeito” para o mundo da moda. “Ele sempre foi muito educado e sempre levou jeito como modelo. Durante o período do curso, ele conquistou todos os documentos que o reconheciam como tal. Nós até conseguimos um trabalho para ele por dois anos,  mas como ele queria um trabalho fixo, não pude ajudar por muito tempo”.

A olheira contou que depois que encerrou o contrato no trabalho oferecido pela agência, o rapaz sumiu e ela nunca mais o encontrou. “Em 2011, ele apareceu aqui na agência. E eu me surpreendi muito porque ele estava enrolado em um cobertor, acredito que o mesmo da foto, e drogado. Eu até perguntei o que poderia fazer para ajudá-lo. Ele pediu um lugar para dormir e dinheiro. Como eu vi o desespero dele, sugeri interná-lo em uma clínica de reabilitação, mas ele não quis”.

“Eu acho que Deus está dando uma segunda chance pra ele. Sozinho ele não conseguiria. Tenho certeza que a partir disso a sociedade vai se unir e conseguir uma boa clínica”, ressaltou Valenga.

Irmã afirma que já tentou internação

A irmã do morador de rua, que é da cidade de Joinvile, disse à reportagem da RBS TV que soube da repercussão do caso pela mãe. Ela afirmou ainda que a familia já tentou o internação diversas vezes, mas que ele não aceitou.

Fonte: G1





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