Moradores de Curitiba se reúnem em galeria para trocas de roupas e objetos

O domingo (19) foi dia de trocas para muitas mulheres e alguns (poucos) homens de Curitiba. O evento batizado “Troca-Troca” reuniu interessados em trocar roupas, livros e objetos na Galeria Lúdica, que reúne loja de roupas, bar, hamburgueria e galeria de arte debaixo do mesmo teto, no bairro São Francisco.

O caráter multifuncional do local serviu de inspiração para o “Troca-Troca”, apesar de que, segundo a organizadora Silvia Henz, as roupas ainda predominarem a preferência dos frequentadores. “São peças que não são mais úteis para a gente, mas podem ser úteis para outra pessoa”, disse ao G1. As únicas regras para o evento, anunciadas logo na entrada, eram a proibição de vendas, e a necessidade de etiquetar com os nomes todos os objetos. A recomendação se mostrou contundente diante do acotovelamento no segundo andar do estabelecimento, onde funciona a loja, e sede do evento dominical.

Assim, trocas consideradas inusitadas em outros locais tiveram seu espaço na Galeria Lúdica. O mais celebrado deles foi feito pela própria organizadora, que antes mesmo do final da primeira hora de evento conseguiu o objeto que desejava – uma peteca. “Não é uma coisa fácil de achar para vender, é uma coisa que as pessoas têm jogada em casa, alguém devia ter uma peteca jogada em casa, eu pensei”. Dito e feito.





Além da peteca citada por Silvia, o evento serviu também para troca de conhecimentos. “Quando a gente fala em troca, não é só de roupa. Você vai trocar uma ideia, você está em um espaço que tem a galeria de arte”, destaca a organizadora, que também comemorou a vinda de pessoas que ainda não conheciam o local. “As pessoas vêm aqui e conhecem o ambiente, conhecem outras pessoas legais e provavelmente elas vão voltar”, disse.

Essa ideia foi ressaltada pela “trocadora” mais frequente do local, a designer de moda Natália Fogaça, que levou seis malas de tamanho médio cheias de itens para trocar. “Estou trocando tudo, abraços, conversas. Quiseram trocar minha filha, mas aí eu não troco”, brincou. Ela justifica a quantidade de objetos (a maioria roupas), como moedas de troca para negociação. “Tem que ter muita opção, porque você não sabe que tipos de pessoas vão vir, que estilos, que corpos”, afirmou.

Apesar de passar adiante diversas peças, Fogaça lembra que a troca em si não significa rejeição. “O que eu não trocar aqui vai voltar para o meu guarda-roupa, eu não estou me desfazendo daquilo”, ponderou. O conceito foi endossado pela organizadora, que lembra que muitas vezes a “compra sem dinheiro” é uma boa solução para guarda-roupas inutilizados. “As pessoas deveriam olhar menos para revista de moda e mais para os armários delas, para ver que combina e o que não combina. Às vezes uma peça está ai, super-legal, só que não combina com o estilo da pessoa, então ela traz a peça em bom estado e sai com uma coisa também em bom estado”, resumiu.

Fonte: G1





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