Seis clínicas de estética de Curitiba são parcialmente interditadas

Seis clínicas de estética de Curitiba foram parcialmente interditadas pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) da Polícia Civil, em parceria com a Vigilância Sanitária. Foram encontradas diversas irregularidades nos locais, como equipamentos sem registro, medicamentos vencidos e reaproveitamento de material.

Os locais foram fiscalizados na segunda (13) e na terça (14), e os resultados foram anunciados na manhã desta quinta-feira (16). “Estavam sendo usados cateteres para vários pacientes, colocando esses pacientes sob risco de contaminação de vários germes, bactérias”, contou o representante do Conselho Regional de Medicina Elísio Rodrigues. As investigações começaram há seis meses após um grande número de pacientes submetidos a procedimentos estéticos nestes locais terem apresentado danos à saúde, como queimaduras na pele, por exemplo.

Imagens cedidas pela investigação mostram funcionários confirmando as irregularidades. Em uma das clínicas, uma mulher confessa o reaproveitamento dos cateteres. “A gente tinha como procedimento, a cada três atendimentos, trocar”, afirmou, sem saber que era gravada. Em outra clínica, a funcionária chega a firmar que apenas a agulha era descartável, mas o cateter não.





Segundo a delegada Paula Brisola, os estabelecimentos devem agora se regularizar para poder continuar com os atendimentos. “Muitos aparelhos foram interditados, então estes aparelhos não podem ser mais utilizados. O Nucrisa lavrou os procedimentos criminais, respectivos para cada caso”, explicou.

Orientações

O diretor da Vigilância Sanitária de Curitiba, Luiz Antonio Teixeira, explicou que as interdições foram apenas parciais porque as clínicas também forneciam outros tipos de serviços, como massagens, por exemplo, que não prejudicados pelas irregularidades constatadas. Os locais serão acompanhados por equipes da vigilância sanitária, e a reincidência pode acarretar em multa e até interdição total.

Até o momento, não foram divulgados os nomes dos locais, mas os clientes que tiverem suspeitas sobre procedimentos e locais podem entrar em contato com a ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, pelo telefone 0800 644 0041. Os casos devem ser analisados individualmente.

Fonte: G1





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