Em Curitiba, professores da UTFPR aprovam fim da greve, mas não voltam as aulas

Os professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) decidiram ontem (13) suspender a greve a partir de 24 de setembro. Essa decisão, porém, não traz garantia aos estudantes porque os professores condicionaram a volta às aulas à decisão do comando nacional da mobilização. Isso significa, a princípio, que a normalidade será reestabelecida apenas se o retorno for unânime entre as universidades.

De acordo com o Sindufpr, que representa os professores, 150 docentes participaram da assembleia. Cinquenta e oito foram contra a manutenção da greve, 36 favoráveis e onze se abstiveram. Na quinta-feira (20), haverá uma nova assembleia, desta vez comunitária com a presença de técnicos administrativos, professores e estudantes.

“As assembleias são isoladas, mas o movimento é nacional. Existe um comando nacional lá em Brasília. Nessa avaliação, este comando pediu um indicativo de saída unificada da greve”, explicou o diretor de política sindical do Sindufpr, Fabiano Ostapiv.

O professor destacou que havia autonomia, contudo, os docentes optaram pela orientação nacional e desta forma existem dúvidas quanto a data de retorno das aulas.





Outro fato que interfere no fim da greve na UTFPR é a pauta local dos professores. De acordo com Ostapiv, é uma luta interna com o reitor Carlos Eduardo Cantarelli. Ostapiv destacou cinco pontos da pauta como essenciais. “Teve a extinção do campus Curitiba, integrando-o à reitoria, extinguido o direto de voto da direção. Isso pegou muito mal e categoria está tendendo manter a greve por conta da pauta local”.

Os outros aspectos são: teto de 12 horas-aula e o restante da carga horária destinado à pesquisa acadêmica, publicitação dos atos dos conselhos com a filmagem das reuniões e disponibilização do material na internet, discussão para que o orçamento da universidade seja construído de forma participativa e a criação de um banco de professores substitutivos. “Seria a contratação deles para capacitação do quadro de professores como mestrado e doutorado. Hoje, a universidade vê essa questão como ação individual e não institucional”, afirmou Ostapiv.

Fonte: G1





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