Após mais de dois meses em greve, servidores técnico-administrativos Universidade Federal do Paraná (UFPR) que trabalham no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba voltaram às atividades nesta segunda-feira (27). Cerca de 300 funcionários estavam parados desde o dia 11 de junho, quando a categoria decidiu pelo início da greve, com objetivo de reestruturação das carreiras e reajustes salariais.
Os profissionais decidiram, em assembleia, retomar as atividades na última quinta-feira (27), após considerarem satisfatória a proposta apresentada pelo Governo Federal. O reajuste salarial aprovado foi de 15,8%, dividido em três parcelas anuais (2013, 2014 e 2015), além de mudanças na carreira, nas condições de trabalho e nos incentivos por capacitação.
A estimativa do HC é de que do início da greve até o dia 24 de agosto, último dia útil sem os servidores, 35,7 mil pacientes tenham deixado de ser atendidos para exames ambulatoriais de raio-x, tomografia, ultrassom, endoscopia digestiva e exames laboratoriais. A média de 1,3 mil consultas médicas por dia caiu para 760 durante a greve, deixando quase 25 mil pacientes sem consulta por falta de exames. O número de leitos disponíveis foi reduzido de 350 para 246, e sete transplantes de medula óssea deixaram de ser realizados.
Em nota, o HC informou que está organizando as agendas para atender às consultas e exames cancelados durante o período da greve. O hospital pede para que os prejudicados procurem o HC nos próximos dias, de forma gradativa, para efetuar o reagendamento. “Estamos preparados, montamos agendas especiais para esses pacientes. Não precisa vir todo mundo amanhã ou depois, porque essas vagas são para seis meses”, explicou a diretora de assistência Maria Ângela Pedroso.
Fonte: G1