Médicos do Hospital Evangélico de Curitiba entram em greve por 48h

Os médicos do corpo clínico do Hospital Evangélico de Curitiba entraram em greve na manhã desta quinta-feira (19), em protesto contra o atraso nos pagamentos. A paralisação, que deve durar 48 horas, provocou o cancelamento de 600 consultas e 50 cirurgias eletivas durante o primeiro dia.

Os serviços de urgência e emergência e o atendimento aos pacientes internados seguem sem alterações. De acordo com o hospital, quase a totalidade dos pacientes foi avisada sobre cancelamento das consultas, que serão remarcadas para a próxima semana.

Segundo José Luiz Takaki, diretor clínico do Evangélico, os médicos estão há seis meses sem receber o pagamento referente ao atendimento ambulatorial. “Estamos reivindicando o que é nosso. Estamos todos pendurados no cheque especial, com contas para pagar. Chegamos ao ponto em que não conseguimos mais trabalhar sem receber”, justificou.

Takaki não soube informar qual a adesão à paralisação. O corpo clínico do hospital conta com 360 médicos. “Infelizmente quem está pagando essa conta é o assegurado do SUS (Sistema Único de Saúde), por isso mesmo deixamos aos médicos a decisão de interromper ou não o atendimento”.

Os grevistas devem realizar um ato em frente ao hospital, nesta quinta, para chamar a atenção da sociedade para a situação dos médicos. “Isso é uma paralisação que deve servir de alerta para todos saberem que a instituição está doente, está precisando de ajuda”, acrescentou o diretor clínico.





Atraso
Não são só os médicos que encontram dificuldades para receberem em dia no Hospital Evangélico. Na semana passada, o pronto-socorro do hospital ficou 24 horas fechado, por causa da paralisação de cerca de 400 servidores, que estavam com remuneração e benefícios atrasados. Os funcionários só retornaram ao trabalho após o pagamento.

Em nota, o Hospital Evangélico explicou que a instituição passa por dificuldades pois os recursos do SUS são insuficientes e defasados, o que compromete o repasse financeiro regular aos médicos. “A direção ressalta que esforços para mudar esta situação estão sendo feitos desde março quando um novo modelo de gestão passou a ser implementado”, afirma o texto.

Hospital das Clínicas
As consultas eletivas também estão prejudicadas no Hospital de Clínicas, vinculado à Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 11 de junho os técnico-administrativos do Hospital das Clínicas, vinculado à Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, estão em greve. Eles reivindicam, principalmente, reajuste salarial de 30%. A mobilização provoca o cancelamento de cerca de 700 exames de coleta de laboratório clínico, por dia, e compromete a realização de consultas.

Fonte: G1





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