Estiagem em Curitiba faz economia se precaver de prejuízos

O último dia 20 marcou o vigésimo dia consecutivo sem chuvas na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o Instituto Simepar, a última vez que a RMC ficou sem chuvas durante todo o mês de agosto, foi em 1997. Por ser tradicionalmente um mês em que chove pouco, vários setores da economia precisam se adaptar para não sofrerem com a estiagem desta época do ano.

Segundo o meteorologista Samuel Braun, do Simepar, a média de chuvas para o mês é de 70 milímetros, bem abaixo dos meses de verão, quando os níveis históricos chegam a 150 milímetros.

Para evitar o desabastecimento de água, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) utiliza barragens. Durante os meses de mais chuvas, a empresa eleva os níveis dos reservatórios, com o objetivo de suprir a demanda quando o tempo fica seco.

Da mesma forma, os agricultores também precisam se prevenir. Conforme o economista do Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Marcelo Garrido, boa parte dos agricultores da RMC já possuem sistemas de irrigação, que garantem o crescimento adequado das plantas.





Garrido explica que o excesso de chuvas pode ser até mais prejudicial às plantações. “Foi o que aconteceu em junho, quando as chuvas afetaram as plantações de tomate”, lembra. O economista faz um alerta apenas para os produtores de cebola. Esta época do ano é o momento em que é feito o plantio da hortaliça. “Como o tempo está muito seco, pode ser que os produtores precisem esperar alguns dias”, diz.

Umidade relativa

Um dos problemas que a falta de chuvas traz em algumas situações é a queda da umidade relativa do ar. Braun revela que, de fato, há uma tendência de queda em toda a região, mas até o momento ela ainda não é preocupante. “Curitiba ainda não chegou a 30%, que é o nível considerado crítico”, diz.

O meteorologista conta que a média de umidade relativa do ar é, geralmente, bastante alta. Na RMC, ela tem se mantido na casa de 70%. Isso se deve ao fato de que há grande variação de umidade em cada período do dia. “No início da manhã, ela está em torno de 100%, mas ao longo do dia tem atingido até 45%”, revela.

Fonte: G1





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